Eu sempre quis esse box do Friends. E sempre achei o preço dele muito salgado, muito mesmo. Eu sei que vale a pena, mas ainda assim, 300 reais era muito dinheiro. Quando foi na segunda-feira avistei uma promoção muito interessante no Submarino. Metade do preço, frete a 7 reais, entrega em 30 dias úteis. Pensei "Ok, tô dentro" e pedi o negócio. Tudo certinho, pedido feito, nota fiscal recebida ontem por email... e hoje o carteiro bate à minha porta com a entrega da minha encomenda. HOJE. AGORINHA. DEPOIS DE UM DIA ÚTIL EM SEMANA DE NATAL. É muito milagre pra mim. Muito mesmo. Tive até que conferir o numero da nota fiscal pra ver se estava certo, porque né, quando a esmola é demais o santo desconfia. E tava tudo belezinha, era o meu mesmo. Felicidade é meu sobrenome nesse momento.
A) Séries norte-americanas (elas não passam todas juntas ao mesmo tempo)
- True Blood
- Breaking Bad
- Pretty Little Liars
- Nursie Jackie
- Bored to Death
- Louie
- The Killing
- Dexter
- Homeland
- Boardwalk Empire
- How I Met Your Mother
- Raising Hope
- Modern Family
- The Office
- Community
- It's Always Sunny in Philadelphia
- Private Practice
- Happy Endings
- Mad Men
B) Séries Inglesas
- Misfits
- Skins
- The Hour
- Life's Too Short
- Psychoville
C) Séries que já foram encerradas e que eu assisti nesse ano:
- Six Feet Under
- That '70s Show
- Lucky Louie
- The IT Crowd
- The Office (UK)
- Twin Peaks
A gente arruma tempo quando quer... E eu nunca mais soube o que é uma novela da Globo. Nem filme de verdade, salvo algumas exceções. Posso estar esquecendo de alguma, acontece sempre. E vida social pra que né? rsrs
"...Você vive num mundo concreto e gentil. Você é uma pessoa verdadeiramente calorosa e bondosa, e que acredita no lado bom das pessoas. Valorizando harmonia e a cooperação entre as pessoas, você é provavelmente extremamente sensível aos sentimentos delas. Você é de muito valor para as pessoas porque você tem uma consideração e uma preocupação muito grande com elas, além de uma capacidade de trazer à tona o melhor que elas tem a oferecer como pessoas, devido ao seu forte desejo de acreditar sempre nas melhores partes delas.
Você tem um rico mundo interior que geralmente não fica óbvio para quem não te conhece de verdade. Você constantemente absorve informações sobre pessoas e situações que tenham uma importância pessoal para você, e as armazena. Esta tremenda compilação de informações é, na maioria das vezes, assustadoramente precisa, já que você tem uma memória excepcional para coisas que são importantes para você. Não seria exagero você conseguir lembrar de uma certa expressão facial, ou de ricos detalhes de uma conversa acontecida há anos atrás, se essa situação realmente te marcou...."
O meu resultado foi ISFJ - O Protetor
De fato, é o melhor teste de personalidade da internet. É extenso, mas vale a pena; o grau de precisão é muito alto.
Eu tenho uma queda por ruivos; vide Josh Homme. Esse lindo aí de cima é o Damian Lewis, ator britânico que faz seriados norte-americanos sem apresentar um resquício de sotaque inglês. Ponto pra ele (não sei como ele faz, só sei que faz). A presença dele em algum programa é decisivo para minha decisão de assistir ou não. Seu lindo! Melhorando a segunda-feira.
E o acaso me deixou na porta da suas casa Faz silêncio e faz de conta que já me esperava Que eu tava pra chegar Pra sumir sem dar explicação Pra me livrar da prisão Ou só pra te ouvir dizer que não Só pra torcer o pé Descendo a escada de quem não me quer
Na primeira prova de "Direito Processual Civil IV" eu tirei 6,0. Pensei comigo "ACHO que dou conta de tirar 8,0 na segunda pra não ficar de exame". Porque a prova desse professor é muito difícil; ele é daqueles que dá uma aula super vagabunda, numa linguagem muito usual e na prova pede uns absurdos com as mais variadas palavras difíceis e pegadinhas que te fazem sentir a pessoas mais inteligentemente burra da terra, porque você estuda muito pra prova. Aí fui pegar, hoje, a segunda prova e tchanam... tirei 5,8. Eu só precisava de 8,0 lembra? MORRI nessa hora. "Eu estava a 6 semestres sem pegar um exame, e agora pego do professor mais filho da puta que eu tenho?" pensei. Até então não tinha saído a média oficial. Aí saiu, agora pouco, a média semestral no site. Vejo lá "Direito Processual Civil IV ---- 7,0". MORRI de novo. Super rolou uma matemágica ali, mas foi um alívio tremendo. Chorei de raiva e de alegria em menos de 6 horas... dia bem agitado.
Não sei por que eu fui lembrar disso, mente desocupada dá nisso... Há 9 anos eu levei meu primeiro fora. E assim como toda primeira vez de alguma coisa, foi inesquecível. Inesquecível pela minha burrice e cara-de-pau, mas eu relevo porque eu tinha 13 anos, estava na 7ª série, vivia descabelada, meio largada na vida e andava com um pessoal meio estranho. Tudo começou com uma aposta com um amiguinho meu da época; aposta que eu não vou entrar muito em detalhes (porque eu não me lembro...). Acho que no fundo eu sabia que era cilada, mas não confiei muito na minha intuição pré-adolescente e prossegui. Como era de se esperar, eu perdi, e como "castigo" tive que dar em cima do outro menino, que era um amigo em comum. Era a primeira vez que eu dava em cima de alguém, mas o pior não era nem isso... eu era apaixonada pelo menino-objeto-da-aposta. Vê? Dar em cima de alguém é relativamente tranquilo quando não envolve paixonite adolescente no meio... Aí eu quebrei a cara, ele falou "não", porque estava gostando de outra menina e blábláblá. Segundo meu diário, eu chorei muito. Sinceramente não lembro desse desespero todo que eu escrevi. A vida prosseguiu, ele passou de "menino estranho que ninguém queria na 7ª série, exceto eu" para "cara muito interessante e malhado do 3° ano que todo mundo fica em cima, exceto eu"; eu também segui em frente, melhorando mais e mais, e morreu o assunto entre a gente. No entanto, toda a história ficou na minha cabeça, talvez pela ingenuidade e felicidade da época, que pra mim foi o melhor ano que eu passei na escola, lembro com muito carinho das pessoas e das situações bizarras que eu passei. Disso tudo ficou uma lição, que sigo até hoje: nunca mais entre em apostas.
É verão, mas o vento aqui é friozinho, e ele não me pegou num dia bom... em vez de fruta doce, suculenta, estou fruta azeda, travando na língua, tipo banana verde ou caju sabe? Estou muito cansada, física e emocionalmente. Isso não tá legal... e nem previsão de melhora eu tenho. Afinal, é final de semestre na faculdade e eu tenho esse sentimento de que eu vou me ferrar muito, tem o término do estágio, aí já é Natal, e oh God, como eu odeio o Natal...
I'm so tired, I haven't slept a wink
I'm so tired, my mind is on the blink
I wonder should I get up and fix myself a drink No,no,no.
Coisas ruins sempre acontecem... lidar com a morte do meu avô está sendo estranho. Sempre imaginei que seria o fim do mundo quando isso acontecesse; foi bem dramático, chorei muito, ainda estou com a cara inchada e cansada, e é lógico que eu sinto saudades, mas é mais que isso. Sempre ouvi que velório não é pra quem está partindo, mas é pra quem fica. É um ritual, que até então não entendia muito bem. Porque veja só, é a primeira morte de um parente que me era muito próximo. Foi um momento muito forte de reflexão sobre a vida, sobre o que eu estou fazendo, para onde estou indo e por quê, sobre -e principalmente- "e quando meus pais morrerem?". Fez cair a ficha de que um dia eles também se vão. É... eu não quero mais falar sobre isso. A intenção era até boa, mas não vai rolar mais que isso.
"A felicidade... O homem só percebe as aparências, aquelas que seu próximo tenta oferecer. Mas não fique com raiva da felicidade do vizinho. Ele é pedófilo, heroinômano e esquizofrênico. E, ainda por cima, fica fora de si com a imagem de absoluta harmonia que você e a sua família oferecem sempre para ele. Ele ignora que a sua mulher bate em você e que os seus filhos são de outro.
A felicidade é uma ilusão de ótica, dois espelhos que refletem entre si a mesma imagem ao infinito. Nem tente buscar a imagem original, não existe nenhuma.Não diga que a felicidade é efêmera. A felicidade não é efêmera. O sentimento que se sente e é tomado como felicidade quando se está apaixonado, quando se teve sucesso em alguma coisa, é uma liberdade condicional antes de conhecer a pena: o ser amado não se parece com nada, o que você conseguiu não serve para nada. Isso não te faz infeliz, mas consciente.
Não consigo parar de rir. É uma judiação, e eu amo gatos e quero chorar quando vejo que foram atropelados ou machucados de alguma outra forma. Mas é mais forte do que eu...
De uma coisa podemos ter certeza: de nada adianta querer apressar as coisas. Tudo vem ao seu tempo, dentro do prazo que lhe foi previsto. Mas a natureza humana não é muito paciente. Temos pressa em tudo! Aí acontecem os atropelos do destino, aquela situação que você mesmo provoca, por pura ansiedade de não aguardar o tempo certo.
Alguém poderia dizer: ‘Mas qual é esse tempo certo?’. Bom, basta observar os sinais. Geralmente quando alguma coisa está para acontecer ou chegar até sua vida, pequenas manifestações do cotidiano, enviarão sinais indicando o caminho certo. Pode ser a palavra de um amigo, um texto lido, uma observação qualquer. Com certeza, o sincronismo se encarregará de colocar você no lugar certo, na hora certa, no momento certo, diante da situação ou da pessoa certa! Basta você acreditar que nada acontece por acaso! E talvez seja por isso que você esteja agora lendo essas linhas...
Tente observar melhor o que está a sua volta. Com certeza alguns desses sinais já estão por perto, e você nem os notou ainda. Lembre-se que o universo, sempre conspira a seu favor, quando você possui um objetivo claro e uma disponibilidade de crescimento...
Paulo Coelho
*dizem que é dele, mas vai saber né?
*auto-ajuda do caramba, clichê do caramba, só que eu estava precisando ler isso. auto-ajuda mesmo, sabe?...
Indo à praia para um merecido descanso. Até semana que vem.
Join our group and you will find Harmony and peace of mind Make it better (we're here to welcome you) We're all on a journey to Finding the real inner you Make it better (we're here to welcome you) (Goldfrapp)
Eu estudei muito para essas provas. Mas sabe o que é pegar uma prova e ter a nítida sensação, clara como a luz do sol, que você não estudou nada? Foi assim:
d-e-s-e-s-p-e-r-a-d-o-r
Se eu não reprovar direto eu juro que já estou feliz. Foi tenso, foi trágico, desejei morte lenta e cruel a metade dos professores, foi cheio de dor de cabeça e estresses. Foi, de longe, dentre as 14 até agora, a pior semana de provas que eu já tive. Estou numa mistura de alívio, por ter acabado, e desespero, por ter que pegar os resultados. Meu Deus...
Com o passar tempo, você finalmente superou. E um dia não foi mais tão estranho encontrar com ele nos lugares. Seu corpo aprendeu onde colocar as mãos sem que elas parecessem perdidas no seu próprio bolso. Seus olhos aprenderam a não procurar por ele nas festas e a passar de relance por todas as mulheres que seguravam o braço dele, numa mistura de ódio e simpatia, e também aprenderam a não chorar toda vez que ele fazia você se sentir mais uma na listinha dele. Seu cérebro aprendeu que essas coisas do coração doem demais e que você precisa pensar umas trezentas vezes antes de se apaixonar por qualquer homem minimamente parecido como ele. Sua boca também aprendeu a não te xingar baixinho de estúpida quando aquilo tudo voltava como um filme na sua cabeça. Sim, você aprendeu, a duras penas, e quando nem a sua mãe colocava mais fé no seu adorável dedo podre para homens. Aí o tempo passa, você toca a vida, e aqueles encontros com ele são só mais uns encontros comuns, como todos os outros, até o dia em que você resolve, espontaneamente, se interessar por um primo de quarto grau, um amigo afastado ou um conhecido dele, porque o mundo é pequeno mesmo, fazer o quê. Azar o seu, parte pra próxima. Assim como um cachorro quando passeia na rua, ele vai fazer questão de marcar o território dele, ou o ex-território, que nesse caso é você. Como? Fácil. Segurando a sua mão, pegando no seu queixo, mexendo no seu cabelo ou usando qualquer outra estratégia milimitricamente calculada bem na frente do seu prospect, deixando bem claro que ninguém é de ninguém, mas só até o momento em que ele balizar alguma mulher que já foi dele com um sutil, mas significativo toque. E é nesse exato segundo, distraída com a pseudo delicadeza do gesto, que você se transforma numa mulher-poste. Aí não tem mais jeito. O cara que você nunca teve já era, o cara que você queria naquele dia já era e você também já era, marcada por uma coisa que nem existe mais, que você já superou e que ele também já superou, mas que ele é muito pouco homem para simplesmente deixar ir. E antes que você pense que eu ia poupar você - e eu - dessa terrível constatação, aqui vai ela, eternizada na grande lamentação existencial de um poste, após receber a visita de um cachorro: sim, ele mijou em você.por Maria Rita Angeiras
Minha cadelinha vira-lata que insiste em fazer poses estranhas. Ela não é que nem aqueles cachorros que ficam paradinhos, bonitinhos, de propaganda de ração. Ela é desse jeitinho torto mesmo. Ela é hiperativa, quer comprar briga com os gatos (e perde, toda vez), em alguns momentos sofre de uma timidez excessiva, come tudo o que vê pela frente... eu já falei que ela tem algum problema naquele pequeno cérebro, mas ninguém acredita muito. E assim nós vamos indo.
Tem como resistir? Por causa dele eu assisti aos filmes do 007 (não só os que ele faz o papel do Bond, mas alguns outros mais, principalmente os dois últimos, com o loiro que eu esqueci o nome e aqueles com o Pierce Brosnan). E a questão não é nem a beleza, aquela beleza clássica de simetria e combinações e o escambau. Até no caso do 007 mesmo: nenhum dos atores é muito lindo sabe, até porque eles são bem mais velhos, tem rugas e tals... mas é o jeito que conta. O jeito de homem de verdade. Não "homens" à la Restart, Justin Bieber. Homem de verdade, que sabe o que faz, que tem firmeza, típica posição de macho alfa mesmo. Hoje é difícil de achar né? Na ficção tudo é lindo; poderia passar dias citando personagens masculinos de seriados e filmes que considero homens de verdade, homens que me fariam largar tudo pra viver seja lá o que for com eles. Mas enfim, voltando para a vida real...
(Mas antes disso, dá uma passadinha aqui e baba um pouco ou muito)
Eu ouço um programa de rádio todo sábado das 6 às 8 da noite (estou ouvindo nesse momento). É um programa dedicado ao blues e derivados deste. Acabou de acabar um quadro onde são apresentadas novidades do blues brasileiro. Cara de interrogação nesse momento. Não recomendo ok? Brasileiros não sabem fazer blues; e mesmo que consigam até fazer um som bem feito, é tipo a Valesca Popozuda tentando ser a Audrey Hepburn, entende? Simplesmente não combina.
Eu não posso muito com filmes de terror ou suspense. Porque eu sou facilmente impressionável e dependendo do grau de mistério e sobrenatural, posso ficar até uma semana dormindo precariamente. Mas assistir ainda é muito confortável em relação a ler um livro de suspense. Veja, eu estou lendo Stephen King, "O Iluminado". Não sei de onde brotou a coragem. E estou tendo pesadelos. Porque eu já tinha assistido o filme, com muito medo, e agora enquanto eu leio, na minha cabeça os personagens estão ligados aos atores. Não é legal ficar imaginado o Jack Nicholson, que é ruivo no livro e com um processo de loucura muito mais plausível e acentuado, nem o Danny, a criança, como sendo a figura central que desperta o desejo de todas as entidades sobrenaturais do Overlook. Dá medo. O livro é totalmente aterrorizante, psicologicamente perturbador porque fica-se naquela tensão "é mundo real ou não" "o que são essas pessoas?" "quem é o maldito gerente?"; o filme não é nada perto do livro, o filme é uma porcaria, é incompleto, cheio de furos. Estou comparando ao nível do livro, lógico; porque o filme, por si só, se sustenta. Mas é aquela velha história de que não tem filme tão bom quanto o livro né? Ainda não terminei de ler o livro, faltam mais ou menos 80 páginas, e é pro final que eu vou precisar de uma dose extra de coragem. Por último deixa eu falar que não existe aquele labirinto no livro tá? O que existe de equivalente e muito pior são uns animais, esculpidos nas árvores, que simplesmente se movem tá? Sentiu o drama né?
"A essência, a dificuldade, a nobreza da advocacia é esta: sentar-se sobre o último degrau da escada ao lado do acusado. As pessoas não compreendem aquilo que de resto nem os juristas entendem; e riem, zombam, escarnecem. Não é um mister que goza da simpatia do público, ainda do Cirineu. As razões, pelas quais a advocacia é objeto, no campo literário e também no campo litúrgico, de uma difundida antipatia, não são outras senão estas. (...) Deixemos claro: a experiência do advogado está sob o signo da humilhação. Ele veste, porém, a toga; ele colabora, entretanto, para a administração da justiça; mas o seu lugar é embaixo; não no alto. Ele divide com o acusado, a necessidade de pedir e de ser julgado. Ele está sujeito ao juiz, como está sujeito o acusado. Mas justamente por isso a advocacia é um exercício espiritualmente salutar. Pesa a obrigação de pedir, mas recompensa-se. Habitua-se a suplicar. O que é mais senão um pedir a súplica? A soberba é o verdadeiro obstáculo à suplicação, e a soberba é uma ilusão de poder. Não há nada melhor que a advocacia para sanar tal ilusão de potência. O maior dos advogados sabe não poder nada frente ao menor dos juízes; entretanto, o menor dos juízes é aquele que o humilha mais. É obrigado a bater à porta como um pobre. E não está nem escrito sobre a porta "pulsate et aperietur vobis"*. Não raramente se bate em vão. A experiência se faz mais dolorosa e mais salutar. Pensava-se que tivesse razão. Tanto estudo, tanto suor, em vez... Para entender, é preciso conhecer estes momentos."
Francesco Carnelutti, As Misérias do Processo Penal
* "Batei e abrir-se-vos-á"
Há dois anos, por conta de uma matéria odiosa chamada Estudos dos Clássicos, foi-me apresentado esse livro e eu tive que ler, a princípio por obrigação. Mas ele foi, de longe, o que mais se fez proveitoso ao longo dessa faculdade. Ele foi responsável por uma mudança de pensamentos e quebra de pré-conceitos em relação ao próprio ofício do advogado. Não que hoje eu tenha uma ideia linda do que seja advogar; é só reler a parte do "...está sob o signo da humilhação" para ter certeza que é uma profissão pesada, e não-fácil. Aliás, o fácil passa longe. Recomendo.
O livre-arbítrio, privilégio dos seres humanos, é muito sério e deve ser encarado como tal. Ninguém quer mais responsabilidade, mas fazer o que? Sabe aquela história de que com grandes poderes vem grandes responsabilidades... é isso. A liberdade que nós temos pode ser um tiro no pé, porque isso implicar pensar e tomar decisões acertadas que te conduzam ao seu objetivo. E quem tem tempo pra pensar hoje? aff... difícil, muito difícil.
Quando você tiver um filho e ele te encher muito o saco e te desrespeitar e fazer as diversas coisas ruins que um filho é capaz de fazer, vá até ele e diga
"até Rosemary teve um bebê melhor que o meu"
e zoe com o seu filho. Você tem esse direito, afinal ele é seu filho.
Lógico que eu não vou dar essa idéia para meus pais.
Rosemary, you're part of meYou know you are, you are, you are
(Foo Fighters)
Agora eu tenho um objetivo de verdade. Não que eu não tivesse antes, eles só eram fúteis demais. Mas esse agora é verdade verdadeira, é pro futuro e é pra ser conquistado com paciência e determinação. Eu nunca senti essa clareza antes, essa vontade genuína de ter alguma coisa. Isso é novidade pra mim, por isso eu escrevo. E como é bom ter um objetivo claro, conciso e inspirador. Eu precisava disso.
"Segunda-feira é mais difícil porque é sempre a tentativa do começo de vida nova. Façamos cada domingo de noite um reveillon modesto, pois se meia noite de domingo não é começo de Ano Novo é começo de semana nova, o que significa fazer planos e fabricar sonhos. Meus planos se resumem, para esta semana nova, em arrumar finalmente meus papéis, já que a governanta eu não vou ter mesmo. Quanto aos sonhos, desculpem, guardo-os para mim, como vocês guardam, com o olhar pensativo, de quem tem direito, os próprios."Clarice Lispector - A Descoberta do Mundo
"'Eu amo esse menino. Amo tanto! Mas queria que ele nunca tivesse nascido'. É como me sinto em pequenos momentos. Um pai que é honesto vai dizer que vive em ambivalência. Olha para seu lindo e adorável filho e pensa duas coisas nesse exato momento: 'Amo tanto essa criança que ela mudou minha vida inteira. Amo mais as outras pessoas pois amo demais essa criança. Amo mais as pessoas que morreram a anos atrás, como se meu amor tivesse viajado no tempo, pois amo essa criança tanto, e ela me ama também. Ela está dando valor à vida que não existia antes' e'Eu me arrependo de todas as decisões que levaram ao nascimento dela'. É esse o modo como nos sentimos."
Louis C.K., comediante, em sua sitcom "Louie"
Perguntei "mãe, é verdade, você se arrepende em pequenos momentos?". Ela respondeu "sim". Nunca tive vontade de ter filhos, não tenho. Mas imagino que o sentimento descrito por Louie é válido e comum, afinal minha mãe compartilhou da ideia...
Kurt Cobain, do Nirvana (1967-1994)
Jimi Hendrix (1942-1970)
Janis Joplin (1943-1970)
Jim Morrison, do The Doors (1943-1970)
Robert Johnson (1911-1938)
Amy Whinehouse (1983-2011)
entre outros.
Conspiração? Clube secreto?
O que adianta ficar famoso? Pra quê então? Todos esses morreram pelo mesmo motivo: overdose. É uma causa tão banal... Bando de babacas.
As aulas da faculdade voltaram. E eu comprei um caderno da "barbie". Frisa bem esta última parte e se pergunte: mas onde a pessoa estava com a cabeça? Eu não sei... Comprei o caderno na quinta passada e só hoje fui me dar conta que na capa de trás tem um "barbie" rosa bem grande. Sabe... e não é a primeira vez que eu compro coisas sem prestar atenção em detalhes cruciais. Só faço cagada...
Você é tão importante que seu aniversário é comemorado no mundo inteiro.
Que você continue assim, maravilhoso! Eu só desejo melhoras pra você e também desejo que você não perca sua essência, que é o mais cativante em você. Só um conselho: para de deixar certas pessoas usarem seu nome em vão. Não existe" happy-rock", "pop-rock" ou "funk-rock", você sabe disso; apenas ignora. Portanto, não ignore mais.
Eu tenho que ter um nível mínimo de descontentamento com a minha vida pra poder frequentar mais esse blog. Não tá rolando... Não que eu esteja 100% feliz. Eu só não estou triste o suficiente pra escrever tanto.
Então terminar de assistir uma série de 8 temporadas é assim: você se sente como se tivesse terminado um longo relacionamento (de 8 meses). Porque é bem assim mesmo, em algumas temporadas eu quis desistir, mas persisti por amor; em outras, morria de amores, chorei nos momentos tristes e nos alegres. Mesmo que eu tenha considerado o final muito satisfatório, eu vou sentir falta. E vou me sentir um pouco sozinha e desamparada por algum tempo.
Eu sonho em me casar um dia (e quem não?). Mas minha maior preocupação não é achar uma pessoa para se casar comigo ou o vestido. Por incrível que pareça, o que mais me preocupa é achar uma música que eu goste para minha entrada na igreja/salão/whatever. Porque é claro como a luz do sol que eu não usarei a famosa Marcha Nupcial ("Lá vem a Noiva" ou Bridal Chorus, de Richard Wagner).
Veja você: essa música faz parte da ópera "Lohengrin". Nesta, o "Bridal Chorus" é cantado para a heroína Elsa e seu novo marido Lohengrin por suas damas de honra após o casamento; e após essa canção, o marido assassina cinco convidados do casamento e abandona Elsa, que não aguenta o tranco e morre de tristeza.
Antes de saber dessas informações eu já achava a Marcha Nupcial uma coisa estranha, feia mesmo. Depois de saber, continuo achando feia e sinistra, mas agora com razão. Então, essa música está oficialmente descartada. Tenho tantas opções sabe... mas tudo depende do meu humor. Essa semana eu encarnei com a Free Bird, do Lynyrd Skynyrd (é sério, o nome dele tem 4 ipsilones), que é uma música que eu amo (rifs, letra, aquela introdução no piano, solo de guitarra de 5 minutos... porque a música, em sua gravação original tem 10 minutos.) e até tem um trechinho dela ali do lado, mas o problema dela é a letra mesmo, que não tem nada a ver. Mas o tópico letra é bem relativo. Tenho uma amiga que entrou com uma música linda da Jem, chamada "Maybe I'm Amazing"; tipo... talvez ela esteja agradecida, talvez. É muita dúvida até pra mim. E fui eu quem sugeri a música, olha a ironia...
Só pra você ver como varia muito meu humor. Eu já quis a Dawn, Dario Marianelli (tema do filme Orgulho e Preconceito) e também a Walking After You, do Foo Fighters. Não dá pra me entender, porque eu sou muito indecisa. E se eu fico perdida nessa escolha e nem estou na iminência de casar, imagina quando chegar a época de escolher? Vamos, então, deixar para sofrer quando chegar a época apropriada. Por enquanto a gente vai teorizando aqui, imaginando todas as músicas surreais... inclusive essa abaixo, The Ecstasy of Gold, composta por Ennio Moricone, mas na versão da Orquestra Sinfônica de São Francisco, e que abre um concerto do Metallica. Eu gosto dela, porque tem essa pegada de filme de ação dos anos 80. Mas talvez não seja conveniente, assim como todas as outras músicas citadas neste texto, é fato.
Música que provavelmente serve de justificativa para se cometer os crimes passionais. Na voz de Sidney Magal (tinha que ser), apresento "Se Te Agarro Com Outro Te Mato":
Se te agarro com outro
Te mato!
Te mando algumas flores
E depois escapo... (2x)
Dizem que sou violento
Mas a rocha dura
Se destrói com o vento
Dizem que é tempo perdido
Mas é só inveja
Porque estás comigo...
Dizem que eu estou errado
Mas quem fala isto
É quem nunca amou
Posso até ser ciumento
Mas ninguém esquece
Tudo o que passou...
Dizem que eu passei da idade
Mas em ti encontro
Minha mocidade
Dizem que sou muito antigo
Mas tudo o que eu quero
É ficar contigo
Fico até aborrecido
Quando telefonas
Para os teus amigos
Quando você não está por perto
Tudo em minha volta
Fica tão deserto...
Ciúme patológico que se quer passar por amor verdadeiro numa mistura de rimas pobres com pop-salsa-merengue-dançante bem estilo Sidney Magal. É, dá pra ouvir.
Hoje eu achei uma foto que estava perdida numa pasta. Eu nem procurava por isso nem nada, simplesmente achei-a perdida numa pasta. E olhei, quase chorei. Não o fiz porque não estou em casa, e como boa menina que sou e aprendi, não dou piti. Mas fiquei angustiada, e muito. Sobreveio aqueles velhos pensamentos do "quase" e do "e se?". Não me lamentei por muito tempo, não chorei, mas eu senti e sinto muita falta dele. No entanto é aquela conversa de sempre: você faz escolhas e arca com as consequencias dessa escolha, é 100% responsabilidade sua. Eu nem quero mais falar disso. Não quero. Só por último quero salientar a vergonha que tive de mim mesma por ter me desesperado ontem ao não achar um anel. Não foi um desespero qualquer, foi um choro copioso. Eu fui trabalhar de cara inchada, e a toda hora meu olho enchia d'água ao tentar imaginar aonde teria deixado o anel. Não digo que não deveria ter me preocupado mas digo que foi uma reação desproporcional ao estímulo, e por isso senti vergonha. Depois que achei o tal anel, entendi que eu só queria um motivo forte para chorar e bancar a louca. E também já passou, eu acho.
É o fim do mundo mesmo. Cada evento que tem me acontecido só comprova essa tese. Fui ao mercado hoje, porque é dia de promoção nas verduras, legumes, frutas e essas coisas. Mas parece que o pessoal do mercado não sabe muito bem o que significa o termo promoção... porque um couve-flor estava custando R$ 8,09 a unidade. Cinco minutos digerindo a "promoção". Fiquei em estado de choque, pensando em como as coisas, todas as coisas frisa-se bem, ficaram tão caras de uns tempos pra cá. É muito dinheiro - que eu não tenho. Além do couve-flor de ouro, tinha outros itens fora da realidade; tipo cebola a R$ 2,90 o quilo. Não é fácil ser pobre. Não é.
Não é que eu tenha ficado mais cética ou fria, ou sem sentimento algum dentro de mim. Sabe o que é? É que eu mudei o foco, e minhas prioridades. Eu descobri que algumas coisas não dependem de mim, e mesmo que essas coisas ainda me estressem e perturbem, a melhor postura que eu eu posso adotar é a de deixar passar mesmo...
Segundo a Medicina, eu atinjo hoje a idade adulta, aos 22 anos. Tá, grandes coisas. É, pode ser alguma coisa. Levando em conta que eu cheguei muito bem a essa idade, sem muitos problemas físicos ou psicológicos, uma vida amorosa que eu considero satisfatória e com quase uma faculdade concluída. Poderia ser pior. Eu poderia gostar de sertanejo universitário por exemplo. Mas não, Deus me deu discernimento suficiente. Glória a Ele. E hoje meu dia foi composto de um almoço delicioso com minha família, de alguns mimos, algumas surpresas (agradáveis e outras nem tanto), uma gripe recém-formada no meu organismo, pilates, chocolate, poucas horas de estudo e de estágio... normal. Na foto: eu, de montinho branco na cabeça e muito bochechuda, meu pai, de cabelo anos 80 (ninguém passou impune), meus primos, Moisés e Katyllen. Foi tirada na Universidade Federal daqui mesmo, provavelmente em 1991, a julgar pelo meu tamanho. Eu gosto muito dessa foto, acho linda demais. Olhando pra mim, nela, vejo como o tempo passou e como ele foi generoso comigo. Fico muito grata por isso. Enfim, foi um ótimo dia.