É possível morrer de saudade?
Hoje eu achei uma foto que estava perdida numa pasta. Eu nem procurava por isso nem nada, simplesmente achei-a perdida numa pasta. E olhei, quase chorei. Não o fiz porque não estou em casa, e como boa menina que sou e aprendi, não dou piti. Mas fiquei angustiada, e muito. Sobreveio aqueles velhos pensamentos do "quase" e do "e se?". Não me lamentei por muito tempo, não chorei, mas eu senti e sinto muita falta dele. No entanto é aquela conversa de sempre: você faz escolhas e arca com as consequencias dessa escolha, é 100% responsabilidade sua. Eu nem quero mais falar disso. Não quero. Só por último quero salientar a vergonha que tive de mim mesma por ter me desesperado ontem ao não achar um anel. Não foi um desespero qualquer, foi um choro copioso. Eu fui trabalhar de cara inchada, e a toda hora meu olho enchia d'água ao tentar imaginar aonde teria deixado o anel. Não digo que não deveria ter me preocupado mas digo que foi uma reação desproporcional ao estímulo, e por isso senti vergonha. Depois que achei o tal anel, entendi que eu só queria um motivo forte para chorar e bancar a louca. E também já passou, eu acho.
3 comentários:
mari, a gente não morre de saudade. acho que o que acontece é que a gente vai morrendo aos pouquinhos quando não consegue se livrar de certas coisas. mas não é a saudade que mata, acho que é mais esse "quase", "se". saudade é um sentimento bom, é lembrar com carinho de algo que foi bom. mas esse "se" mata a gente aos poucos, porque ele é a certeza de que nunca saberemos, de que aquele sonho que a gente teve com uma pessoa nunca será uma lembrança. não dá pra sentir saudade do que a gente NÃO viveu. bjs
é assim mesmo, quando a gente se engasga com a vida qualquer banalidade se resume a lágrimas.É uma fragilidade meio besta e inevitável.
Se morre, eu não sei, mas que dói por demais, isso dói.
Viu meu email?
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