terça-feira, 26 de março de 2013

321. Como sobreviver a uma mulher na TPM




Começa com uma paciência por nada. As cócegas se vão e em vez da risadinha gostosa, um empurrãozinho pedindo que você pare. Ou houve problemas no trabalho ou ela está chegando. Você inventa de cozinhar e ela diz que não está com fome. Pede para abaixar o som do carro, que está com dor de cabeça. Diz o mesmo quando você, todo se querendo, a beija no pescoço e fala como ela está cheirosa. Provavelmente você vai ouvir algo sobre o dia insuportável que demorou a passar e o quão cansada ela está. Pronto. Ela está presente.

Sábios eram os antigos, que decretavam, neste momento um "salve-se quem puder". Iriam caçar, pescar ou tomar uma com os amigos e voltaria quando ela já estivesse dormindo. Não entraria em casa antes da luz apagar e ela cansasse de esperar para tirar-lhe o couro. Mas os tempos são outros. As desculpas não colam. As responsabilidades são divididas. E se alguém canta de galo, não será você. O primeiro mandamento para lidar com uma mulher em TPM é compreender e assimilar essa sua subordinação. 

A meta é uma só. Sobreviver. Você e o relacionamento. Ao acordar, evite falar o desnecessário. Piadas são muito, mas muito indesejáveis. Bom dia seguido de sorriso é suficiente. No café da manhã, ofereça tudo antes de consumir. Se só resta uma fatia de queijo, não pegue, não se ofereça para dividir. Deixe com ela. O mesmo vale para o café. Eu sei o quanto você precisa de café, mas vá por mim, é melhor parar no caminho e comprar um copo ou simplesmente tomar no trabalho. Antes de sair, ela vai perguntar por alguma coisa que você esqueceu. Elas sempre guardam as perguntas para a hora que você está saindo e será justo o que você não lembra. Também questionará o horário que você vai voltar ou os planos para a janta. Nesse momento você apenas diz que está tudo resolvido, que liga até o final da manhã com os planos prontos e que tem que correr. Um beijo (não muito demorado) e um "Te amo", rápido, letal. Isso vai poupar-lhe algumas horas. 

No trabalho, se receber uma SMS ou uma mensagem por rede social, responda na hora. Não tem isso de estar numa reunião. Se não puder, diga "Numa reunião. Ligo já" e, em menos de 40 minutos, ligue! Nem que peça para ir ao banheiro e aproveite a oportunidade. Antes das duas da tarde, mande mensagem dizendo que está com saudades ou dizendo o horário que irá apanhá-la onde ela estiver. Puro. Simples. Confiante. Sem margens para que ela reclame de sua falta de iniciativa, compromisso ou atitude. Mas, ao final, conste: "Se preferir algo diferente, basta avisar". Pondo ordem na casa. 

Ao encontrá-la, diga que ela está linda. Ela vai fechar a cara. Dirá que está gorda. Responda, em no máximo 1,5 segundo, que não. Impressão. Que ela está ótima. Sugira um restaurante que ela não vai querer ir, mas que você gosta. Em seguida, depois do "pode ser" ou do "ah tá", emende com um "ou a gente poderia ir ao local X, onde tem aquele Petit Gateau que você gosta". E não se deixe convencer pelo "Não, tudo bem, vamos para esse outro mesmo". Truque, meu caro! Dos mais baixos. 

Na mesa, concentre-se em manter o olhar fixo e reto. Não desvie o olhar, especialmente se houver outras mulheres em volta. Em hipótese nenhuma pergunte como foi o dia dela ou mencione sua mãe. Chame o garçom apenas para olhá-la e perguntar "Quer alguma coisa?" e decida o prato a ser pedido, que você, necessariamente, já deve saber que ela goste. Nunca, em nenhuma hipótese, olhe o relógio ou fite o celular e o guarde no bolso. Jamais! 

Na volta para casa, dê-lhe algo. Chocolate, uma fotografia impressa, sorvete (só não erre o sabor). Qualquer coisa que não seja um boleto de cobrança. Pergunte (sempre) se a temperatura está agradável (mesmo que esteja insuportável para você). Enquanto ela estiver no banho, prepare um chá e deixe os remédios dela na cabeceira, aguardando-a. Procure fingir, rapidamente, que dorme. Se ela agasalhar-se em seus braços, deixe. Não se mova nunca, mesmo que ela já esteja dormindo (esse é outro jogo baixo). Se o braço ficar dormente, retire-o cuidadosamente, mas faça cafuné até que você durma. 

Repita a receita durante os dias seguintes. Não são muitos. Durante o período, mantenha-a sempre longe de objetos pontiagudos e, claro, armas de fogo. Se notá-la sorrindo pela manhã já é sinal que pode voltar à rotina comum. E, meu caro, se em algum momento dessa sequência você deixar escapar "Está estressada?", "Mas você já não tomou remédio?", "Estás diferente...", "Já, já, passa", "Fique calma" ou "Tenho uma coisa para te contar"... Bem, boa sorte!

- Ed Wanderley

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Utilidade pública. Minhas tpm's não são intensas, mas essas dicas são válidas.

segunda-feira, 25 de março de 2013

320.




Relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando tem briga, discussão, chatices, rotina, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes, outros pensamentos, outro jeito de viver. Você tem que aceitar aquela pessoa como ela é e isso dá muito trabalho. O amor é lindo sim, e ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos e os medos do outros. É querer estar com a pessoa independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de estar junto
Caio Fernando Abreu. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

319.


(...) A prática de orar em silêncio, de aquietar a alma para meditar na Palavra e de escrever ressonâncias depois que alguém compartilha percepções  espirituais, me deixou boquiaberto. Eu acreditava em preces barulhentas. Achava que Deus gostava de decibéis exagerados. Aliás, preciso confessar, eu mesmo já insulflei auditórios com a clara intenção de produzir frenesi para “mostrar” categoricamente que Deus “operava em nosso meio”. (...) Passei a desejar uma espiritualidade de afetos. Abandonei o esforço de fazer de minhas orações uma técnica de colocar Deus em movimento. Destruí o altar que eu erguera para acionar o divino. Reaprendi que orar é inspirar ausências. Sem muitos barulhos, colocar a alma numa quietude parecida com a que o sumo sacerdote experimentava ao entrar no Santo dos Santos. Noto que os cultos, as missas, se tornaram agitados. Pergunto-me se o ritmo alucinante das músicas e das danças não seriam fugas. Na agitação, evita-se o confronto com a interioridade e, consequentemente, com Deus. Agora, só agora, começo a intuir o significado de orar no quarto fechado, em secreto. (...) Desejo vivenciar minha espiritualidade em atos devocionais. Pretendo transformar-me em um adorador que faz do “seguimento” de Jesus a melhor expressão de sua piedade. Liturgias centradas em emocionalismo desmerecem a tradição profética dos dois testamentos. O melhor culto é defender a justiça. Deus não gosta de ajuntamentos com liturgias autocentradas, que só buscam canalizar o seu favor. O verdadeiro culto disponibiliza pessoas para cuidar de órfãos e viúvas – esta é a verdadeira religião, segundo Tiago. Qualquer verticalização do louvor só tem sentido se promover a verticalização do serviço. Espiritualidade é reconhecer Deus no rosto do pobre, do nu, do faminto e do desterrado; tudo o mais é individualismo travestido de piedade. Anseio por reuniões que celebrem a graça, sem paranoias espirituais, sem alguém tentando infundir culpa para descansar no inescrutável amor de Deus. Quero participar de comunidades leves, sem as afetações próprias do glamour do mundo, onde os sorrisos sejam gratos e os abraços, sinceros. O caminhar de Jesus não combina com lugares espetaculosos. Viver os valores do seu reino prescinde de holofotes.
- Ricardo Gondim, revista Ultimato Ano XLIII, n° 323

318.

Eu quero matar minha irmã.
Pode, Arnaldo?

quinta-feira, 14 de março de 2013

317.


E o novo Papa foi escolhido. Um argentino, quem diria. Suponho que durante o restante da minha vida, não presenciarei uma situação ímpar como esta: de ver um Papa renunciar e ter um Papa sul-americano. Não sou católica, mas tenho um profundo respeito por quem   é devoto. Percebo que eles são muito mais disciplinados, respeitosos e obedientes com toda a eclésia do que muitos evangélicos, inclusive uns da minha igreja. Não concordo com os dogmas católicos, no entanto nada justifica uma situação de um pastor ficar chutando uma imagem da Nossa Senhora. Esse caso é antigo, mas muitos ainda hoje procedem desse jeito. Cadê respeito ao próximo, cadê os mandamentos de Jesus na vida dessa pessoa? Muitos evangélicos reclamam do papado, fazem apologia contra e blábláblá.  Entretanto, não enxergam que muitos pastores se comportam como verdadeiros papas, auto consagrando como únicos representantes de Deus na Terra. E avocando tudo quanto é cargo, poder e, principalmente, dinheiro. Se faz isso, tem condição de falar mal dos outros? Lógico que não. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

316.


Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que MENTIRA ABSURDA!

- Erasmo Carlos

terça-feira, 5 de março de 2013

315.


Teus gestos. Teu sorriso. Teu perfume. Teus conselhos. Teu abraço. Teu olhar. Teu beijo. Teu amor. Teu jeito de ser. Teu jeito de falar de “você é linda”. Teus sms. Teus olhos fixados nos meus. Teu orgulho. Teu respeito. Teus sonhos. Teus objetivos. Teu cabelo. Teus carinhos. Teus mimos. Teus dengos. Teus toques. Teu corpo colado no meu. Teus defeitos. Teu cheiro impregnado na minha roupa. Teu dom de me fazer sorrir. Teu sorriso aberto. Teu ciúme discreto. Teus problemas. Tua vida. Tua forma de cuidar de mim. Tuas manias. Tua voz. Tua risada. Tua admiração. Tuas cantadas “bregas”. Tuas palavras. Tuas mordidinhas. Tua coragem. Tuas qualidades. Tuas birras. Tua força. Tua fé. Tua moradia. Tua fonte de felicidade. Tua forma de encarar o mundo. Tua companhia. Tuas caras e bocas. Tua voz no meu ouvido. Nossa casa. Nossa vida. Nosso amor.