segunda-feira, 7 de novembro de 2011

160.


Não sei por que eu fui lembrar disso, mente desocupada dá nisso... Há 9 anos eu levei meu primeiro fora. E assim como toda primeira vez de alguma coisa, foi inesquecível. Inesquecível pela minha burrice e cara-de-pau, mas eu relevo porque eu tinha 13 anos, estava na 7ª série, vivia descabelada, meio largada na vida e andava com um pessoal meio estranho. Tudo começou com uma aposta com um amiguinho meu da época; aposta que eu não vou entrar muito em detalhes (porque eu não me lembro...). Acho que no fundo eu sabia que era cilada, mas não confiei muito na minha intuição pré-adolescente e prossegui. Como era de se esperar, eu perdi, e como "castigo" tive que dar em cima do outro menino, que era um amigo em comum. Era a primeira vez que eu dava em cima de alguém, mas o pior não era nem isso... eu era apaixonada pelo menino-objeto-da-aposta. Vê? Dar em cima de alguém é relativamente tranquilo quando não envolve paixonite adolescente no meio... Aí eu quebrei a cara, ele falou "não", porque estava gostando de outra menina e blábláblá. Segundo meu diário, eu chorei muito. Sinceramente não lembro desse desespero todo que eu escrevi. A vida prosseguiu, ele passou de "menino estranho que ninguém queria na 7ª série, exceto eu" para "cara muito interessante e malhado do 3° ano que todo mundo fica em cima, exceto eu"; eu também segui em frente, melhorando mais e mais, e morreu o assunto entre a gente. No entanto, toda a história ficou na minha cabeça, talvez pela ingenuidade e felicidade da época, que pra mim foi o melhor ano que eu passei na escola, lembro com muito carinho das pessoas e das situações bizarras que eu passei. Disso tudo ficou uma lição, que sigo até hoje: nunca mais entre em apostas. 



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