sexta-feira, 31 de agosto de 2012
251.
A utopia está lá no horizonte. Me aproximo dois passos, ela se afasta dois passos. Caminho dez passos e o horizonte corre dez passos. Por mais que eu caminhe, jamais alcançarei. Para que serve a utopia? Serve para isso: para que eu não deixe de caminhar.
(Eduardo Galeano)
Mas que ódio quando um clichê é verdadeiro. Parece que a vida perde aquele grau de espetacularidade que a gente insiste em atribuir à ela.
quarta-feira, 29 de agosto de 2012
segunda-feira, 27 de agosto de 2012
249.
Já
entendi que a paz é uma escolha, mas e agora, como eu faço pro universo
entender que é só isso que eu quero? um pouquinho de paz.
Que
meus pensamentos fiquem em silêncio quando eu me deitar, mas como que a gente
disciplina pensamentos? Que eu não deixe de fazer do jeito que eu acho certo
por medo de parecer triste ou louca, mas como eu sei que já não é mais hora de
ser triste? Eu nem sei bem o que é felicidade ou se ela existe mesmo. É isso
que a gente sente quando sai no vento de cabelo molhado? Quando acorda com o
sol batendo na cara e lembra que tem twix na geladeira ou quando a mãe chega do
trabalho com um lanche quentinho? Peço pra Deus me mandar um sinal, porque às
vezes eu acho que tô entendendo tudo errado essas coisas sobre a vida. Peço que
se for pra eu ter tantos pensamentos, que eles sejam pensamentos bons. Que se
for pra eu ser triste além da conta, que seja sempre essa tristeza doce e que
ela me ensine. Peço que Ele me lembre todos os dias de que eu não preciso
perder a inocência pra aceitar a realidade e de que melhor que estar vivo é o
sabor deste estar. Acho que eu tenho fé.
quinta-feira, 23 de agosto de 2012
248.
Projeto Verão 2013...
Eu, e a eterna briga com a balança. Porque eu adoro comer. Mas também adoro caber nas minhas roupas. São duas premissas, sem lógica. Como eu resolvo isso?
Provavelmente com terapia, Freud ou Jung darão uma explicação.
segunda-feira, 20 de agosto de 2012
247. Se eu quiser falar com Deus
"O 'Pai Nosso' é a nossa primeira escola de oração. Nesta súplica Jesus nos ensina que a oração não é uma ferramente técnica, usada para excitar nossa curiosidade. Pelo contrário, ela nos envolve num exercício de fé e compreensão da realidade que está além da ciência, mas uma forma de compreender e penetrar na realidade dela. Ao suplicar 'o pão nosso de cada dia dá-nos hoje', colocamos Deus no centro de nossas necessidades cotidianas. Se Deus é percebido apenas nas fronteiras de nossas vidas, nas grandes crises ou nos grande eventos, esta súplica não tem significado algum. Mas, como Deus nos é revelado como nosso 'Pai que está nos céus', a súplica pelo 'pão de cada dia' revela a presença de Deus no que há de mais simples e comum no nosso dia-a-dia.
O reino de Deus envolve a vida inteira. Nada é trivial diante de Deus. Nossas necessidades profissionais, afetivas, físicas, emocionais, tudo importa a Deus. Ele é o Deus do cotidiano, das pequenas coisas, do pão sobre a mesa e do sol que se põe ao entardecer. Deus se interessa pelo fio de cabelo que cai e pela mão que o toca no meio de uma multidão. A oração 'Pai Nosso' nos torna conscientes de que a experiência da oração não envolve apenas situações de emergência ou as ansiedades do futuro, mas é pão para hoje, para as necessidades e situações do presente. É uma oração que nos ensina a não nos preocupar com o dia de amanhã. A fé cristã, para muitos, se mostra mais relevante nas lembranças do passado ou nas preocupações com o futuro, mas não tem nenhuma relevância para o presente. É no 'pão de cada dia' que a graça de Deus se mostra real. O maná do deserto servia somente para o presente, nunca para o futuro.
Outro aspecto dessa súplica é que ela nos ensina a orar pelo 'pão nosso' não 'meu'. É uma oração que precisa ser feita com os olhos abertos porque ao fazê-la, nos tornamos responsáveis dos bens de Deus. Ela integra o básico, o 'pão de cada dia', em meio a tantas 'necessidades' criadas pelo espírito consumista. Ela pede por justiça, que é fruto da conversão do 'meu' para o 'nosso', e rompe com o egoísmo, nos transformando em seres solidários. Com ela aprendemos a valorizar o essencial (oramos pelo pão, não pelo caviar), porque a vida está na relação comunitária, na fidelidade e responsabilidade para com Deus, dono da prata e do ouro, da comida e da bebida, que nos confiou os seus bens para cuidar dos sues filhos. É a fé tomando forma nas situações reais da vida."
- Autoria desconhecida. Achei esse texto perdido numa pasta. Provavelmente é coisa do meu pai, que imprime estudos bíblicos da internet para ajudá-lo nas pregações.
Vídeo: "Se eu quiser falar com Deus", do grupo Prisma Brasil. A letra é bem pertinente, vale a pena ouvir.
domingo, 19 de agosto de 2012
246.
Un pó de Manuel Bandeira:
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
Se queres sentir a felicidade de amar, esquece a tua alma.
A alma é que estraga o amor.
Só em Deus ela pode encontrar satisfação.
Não noutra alma.
Só em Deus - ou fora do mundo.
As almas são incomunicáveis.
Deixa o teu corpo entender-se com outro corpo.
Porque os corpos se entendem, mas as almas não.
quinta-feira, 16 de agosto de 2012
245. The Birds
Eu nunca tive uma relação muito boa com pássaros, desde criança. Não é que eu os deteste, eu só não quero eles perto de mim. Ainda mais quando estão cantando. Não gosto do som que eles fazem. Alguns dizem que acalmam, até compram cd's com o barulho dos pássaros. Em mim, o efeito é inverso: me irrita, a ponto de eu xingar os passarinhos. Chitãozinho & Xororó cantam "os passarinhos enfeitam os jardins e as florestas...", pois eles que vão enfeitar um lugar bem longe de mim. Por isso, nunca fui muito fã de fazendas, chácaras e qualquer coisa no mato (apesar de reconhecer que o contanto com o ambiente natural faz muito bem).
Esse não gostar se potencializou ainda mais depois que eu assisti "The Birds", filme de 1963 do Alfred Hitchcock. Segundo o Wikipedia, a sinopse do filme: "Melanie Daniels, uma jovem da cidade de São Francisco, vai até uma pequena cidade isolada da Califórnia, chamada Bodega Bay, atrás de um potencial namorado: Mitch Brenner. Mas na cidade começa de repente a acontecer fatos estranhos: pássaros de todas as espécies passam a atacar a população, em número cada vez maior e com mais violência, deixando todos aterrorizados." Pássaros atacando pessoas... é um filme tenso. Não tem muitos diálogos, mas é todo trabalhado na trilha sonora de terror (o que é bem característica do Hitchcock). Eu fiquei tão impressionada com o filme que eu não consigo passar por um fio de energia que tenha mais de um pássaro sentado (como o da foto acima), sem sentir vontade de sair correndo.
Essa é uma cena do filme, talvez a pior. Os pássaros estão se preparando para mais um ataque, e ao lado desse playgroud tem uma escola infantil. Os "bichinhos" resolvem fazer a revoada simpática justo no horário de saída das crianças, e é aquela correria e criança sendo bicada na cara e tropeçando... é um terror!
Por isso... não, eu não gosto de pássaros.terça-feira, 14 de agosto de 2012
244. Wherever I May Roam
But I'll take my time anywhere
Free to speak my mind anywhere
And I'll redefine anywhere
Anywhere I roam
Where I lay my head is home
- Metallica
Liberdade de estar onde, como e com quem quiser. E ainda assim, escolher sempre a mesma pessoa, o mesmo lugar, e, por cima, manter a cabeça relaxada. Isso é felicidade.
domingo, 12 de agosto de 2012
243. Ele
Porque
ele dirige com pressa. Porque ele faz piadinhas toda hora. Porque ele fica com
olho claro quando tem raiva. Porque ele tem uma risada que faz a gente dar
risada. Porque ele faz “high five” comigo. Porque ele ama chocolate branco.
Porque ele canta música do Chitãozinho e Xororó comigo. Porque ele não enxerga
de perto, nem de longe... Porque compra Blu-ray’s. Porque ele usa óculos
escuros durante todo o dia. Porque ele gosta de filmes Jolie. Porque ele sempre
vai dormir tarde. Porque ele é um ótimo professor. Porque ele é impaciente e
fala o que quer falar. Porque ele é paciente demais. Porque ele dá chiliques,
como todo mundo. Porque ele tem charme. Porque ele perde óculos na praia.
Porque ele chama meus amigos pra vir em casa. Porque meu PAI faz toda a diferença na minha vida.
quinta-feira, 9 de agosto de 2012
terça-feira, 7 de agosto de 2012
241.
O que uma pessoa ganha com todo o seu
trabalho?
Eu tenho visto todo o trabalho que Deus dá às pessoas para que fiquem
ocupadas. Deus marcou o tempo certo para cada coisa. Ele nos deu o desejo de
entender as coisas que já aconteceram e as que ainda vão acontecer, porém não
nos deixa entender completamente o que Ele faz.
Então decidi que nesta vida
tudo o que a pessoa pode fazer é procurar ser feliz e viver o melhor que puder. Todos nós devemos comer e beber e aproveitar bem aquilo que ganhamos com o
nosso trabalho. Isso é presente de Deus.
Eu sei que tudo o que Deus faz dura
para sempre; não podemos acrescentar e nem tirar nada. E uma coisa que Deus faz
é levar as pessoas a temê-lo. Tudo o que acontece ou que pode acontecer, já
aconteceu antes.
Deus faz com que uma coisa que aconteceu torne a acontecer.
- Eclesiastes 3. 9-15 NLH
ABSOLUTAMENTE tudo tem um momento certo pra acontecer. É difícil entender, às vezes até de aceitar. Mas devemos acreditar, ter paciência, e fé. Muita fé.
segunda-feira, 6 de agosto de 2012
240.
Se você tivesse chegado antes, eu não teria notado. Se
demorasse um pouco mais, eu não teria esperado. Você anda acertando muita
coisa, mesmo sem perceber. Você tem me ganhado
nos detalhes e
aposto que nem desconfia. Mas já que você chegou no momento certo, vou te pedir
que fique. Mesmo que o futuro seja de incertezas, mesmo que não haja nada
duradouro prescrito pra gente. Esse é um pedido egoísta, porque na verdade eu
sei que se nada der realmente certo, vou ficar sem chão. Mas por outro lado,
posso te fazer feliz também. É um risco. Eu pulo, se você me der a mão.
- Verônica H.
sábado, 4 de agosto de 2012
239.
Estamos
todos querendo ser Clarice Lispector! Ai ai ai... Abre-se a cortina:
1)
A existência incomoda? A falta de papel higiênico no banheiro público
também (na casa de um meio-amigo é ainda pior, porque te faz gritar e pedir
outro rolo). O que nos faz realmente humanos é a capacidade de perguntarmos ‘De
onde viemos? Quem somos? Pra onde vamos?’ e não crermos no ‘nascer,
crescer e morrer’. E como estas perguntas têm visitado nossas vãs cabecinhas, não é? Vivemos pra perguntar. Não basta ter vida, tem
que participar!
2)
Ser dois? três? Quatro? Nossa! Cincooo!? Aí já estamos querendo competir
com o Pessoa ou com o Chico Anísio. Não é possível! Olha só que
coisa dura de se escutar: ninguém é um. Talvez, o grande traço da
genialidade está justamente em ser um único-e-só um! Infelizmente não
temos as Pessoas no nome.
3) Ninguém te entende e você
muito provavelmente não entende ninguém. Estamos tão cheios de nossa própria in-comun-incabilidade
que chegamos a gostar dela. Com uma falsa sensação de contrato, passamos a viver
de chavões (dos quais todo mundo concorda ou discorda sem dor). Nossa
linguagem é cada vez mais solitária. Confuso pode não ser tão sinônimo de
complexo.
4) Estranhos, esquisitos,
exóticos... Tudo, tudo que queremos é ser um bando de salmões nadando
contra a corrente (metáfora clichê, eu sei). O problema é que somos em
grande número, logo, nossa contra-cultura é cultura praticamente.
Peixinhos, a correnteza mudou de lado, perceberam?! O que faremos pra sermos
salmões? Acho válido tentar a mais-que-repudiada normalidade.
5) A Alem-da-lenda irá nos salvar.
E no fundo, no fundo de nossas costumeiras crises existenciais, há sempre um
incenso, um troço com nome chinês, um escritor pernalonga... Sim, nós temos salvação. Ele virá por nós!
Somos tão normais. Não há
mal nenhum em querer ser Clarice Lispector (ou Malkovich) por 15 minutos. Só
precisamos estar conscientes de nossa humanidade, assim tão individual e
coletiva.
“Ser
o que penso? Mas penso ser tanta coisa! / E há tantos que pensam ser a mesma
coisa que não pode haver tantos! / Gênio? Neste momento / Cem mil cérebros
se concebem em sonho génios como eu”
- Fernando Pessoa
quinta-feira, 2 de agosto de 2012
238.
A maior prisão que podemos
ter na vida é aquela quando a gente descobre que estamos sendo não aquilo que
somos, mas o que o outro gostaria que fôssemos.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fôsse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nÊle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa (a não ser que sejam pessoas que me amam), porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.
Geralmente quando a gente começa a viver muito em torno do que o outro gostaria que a gente fôsse, é que a gente tá muito mais preocupado com o que o outro acha sobre nós, do que necessariamente nós sabemos sobre nós mesmos.
O que me seduz em Jesus é quando eu descubro que nÊle havia uma capacidade imensa de olhar dentro dos olhos e fazer que aquele que era olhado reconhecer-se plenamente e olhar-se com sinceridade.
Durante muito tempo eu fiquei preocupado com o que os outros achavam ao meu respeito. Mas hoje, o que os outros acham de mim muito pouco me importa (a não ser que sejam pessoas que me amam), porque a minha salvação não depende do que os outros acham de mim, mas do que Deus sabe ao meu respeito.
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