terça-feira, 31 de julho de 2012

237.




EU QUERO:
fazer as unhas, a sobrancelha e uma depilação completa (argh...)
comprar uma calça jeans escuro
ficar de molho numa piscina, inerte
comprar um vestido novo que combine com meus seios novos
viajar para a praia, só pra ficar olhando o mar
terminar logo minha monografia, livrar-me desse incômodo
pular num show da Ivete Sangalo
sair pra passear a tardinha... caminhar sem pressa conversando besteira
sentar de cara pro sol até a hora de ele ir embora
comprar um cd novo e correr pra casa pra escutar
fotografar (os outros, porque eu não sou fotogênica)
beijar na boca
comer um bolo de chocolate
comer camarão frito
ir ao cinema
vestir um pijama e ficar assim... tipo inseparáveis, melhores amigos de infância
fazer uma tatuagem
continuar gargalhando...

Só isso por hoje. 

segunda-feira, 30 de julho de 2012

236.



A VIDA É DOR

Quem deseja, sofre; quem vive, deseja; a vida é dor. Quanto mais elevado é o espírito do homem, mais sofre.  A vida não é mais do que uma luta pela existência com a certeza de sermos vencidos. A vida é uma incessante e cruel caçada onde, às vezes como caçadores, outras como caça, disputamos em horrível carnificina os restos da presa. A vida é uma história da dor, que se resume assim: sem motivo queremos sofrer e lutar sempre, morrer logo, e assim consecutivamente durante séculos dos séculos, até que a Terra se desfaça.

- Arthur Schopenhauer

quinta-feira, 26 de julho de 2012

235.


Eu fico tremendo, sabe? Quando as situações inesperadas são muito boas a ponto de me deixarem nervosa, as minhas mãos e pernas ficam tremendo num misto de nervosismo e felicidade. É engraçado até, porque nas situações negativas, mesmo quando pega de surpresa, eu raramente esboço reação. Sigo com a postura normal, absorvo o baque, engulo o ácido, seja como for, eu raramente saio do meu estado normal nesses momentos e depois me sinto um pouco vazia, como se nem as coisas ruins fossem capazes de me estremecer. Mas o bom é isso, saber que as coisas positivas, embora aconteçam com mais dificuldade e suadas, ainda arrancam reações do meu corpo, mexem com os estímulos, neurônios, pele, o que quer que funcione aqui dentro. Ainda encontro o que me faz tremer, e escrevo sorrindo por saber que nem todos tremem de felicidade. Nem todos podem encontrar motivos para tremerem, ficarem vermelhos e ter a reação que lhes cabe. Cabe a mim tremer. Esse corpo não é muito forte, não. Vez ou outra eu tremo mesmo é de frio e nem precisa de muito, sou fraquinha-fraquinha. Mas quando tremo sorrindo, sentindo o coração acelerar no peito, ah, essa é a hora em que sei: a vida ainda está valendo a pena e me arrancando sensações.
— Camila Costa

quarta-feira, 25 de julho de 2012

234.


Quando eu crescer, criar juízo, ser alguém assim, respeitável, aceita pela sociedade talvez eu pare de perder todas as coisas possíveis e inimagináveis que tenho. Ou ao menos saber onde as deixei/guardei. Vou parar de escrever recados na minha mão. De beber refrigerante. De enfiar a colher que pus na boca, no doce ou na panela novamente. De passar o dedo na cobertura. De dançar no quarto só de calcinha. De comprar vestidos compulsivamente. De passar horas baixando musica da internet. De filosofar e rir com meus amigos. De pintar meu cabelo. De só ouvir música estranha. De gastar uma boa grana com revistas só pra cortá-las depois. De ter essa síndrome de rockstar que não me abandona. De ser tão zen e ao mesmo tempo tão neurótica com as coisas. De usar meia de dedinho. De inventar coreografias malucas. De gritar no meio da cozinha só pra quebrar o tedio. De achar a vida uma vadia injusta, mas mesmo assim, ser completamente louca por ela. De passar a noite bebendo (refrigerante) e conversando sobre coisas estranhas. De abraçar as pessoas que eu gosto, de tocá-las, de ser táctil. De discutir literatura, religião e filosofia com meus pais. Mas se eu parar de fazer isso, o que restará de mim?

segunda-feira, 23 de julho de 2012

233.


Aqui. Agora.
E quem nunca sentiu um tesão tão grande por alguém que atire a primeira pedra.


sábado, 21 de julho de 2012

232.


O dia que eu tiver essa coordenação motora...
Malditos franceses.

quarta-feira, 18 de julho de 2012

231.


Ah, a impermanência... Se tentarmos deter o que não pode ser detido, sofreremos intensamente. E em vão! Tenta segurar a água nas mãos. Ela vai escorrer, quer você querendo ou não. Tenta segurar o ritmo da vida então... não adiantará. Compreendendo a impermanência, e acima de tudo, aceitando-a, estaremos pronto para viver o presente, o aqui e agora. O amanhã? A Deus pertence... Por isso, o aqui e agora. Quantas coisas já não perdemos por estarmos presos ao passado e cheio de ansiedade em relação ao futuro? Eu já perdi muitas coisas. 




sábado, 14 de julho de 2012

230.



O álcool é um tradutor de coisas difíceis de serem ditas.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

229.



Hoje é dia de rock, bebê!
Jailhouse Rock, Elvis Presley

quinta-feira, 12 de julho de 2012

228.

Eu não peço muita coisa na vida. O que eu peço? Paz mundial, que meu corretivo e batom durem o máximo de tempo possível, que chocolate não engorde, que meus cabelos estejam sempre macios, que eu sempre tenha disposição para exercícios físicos e minha roupa de baixo nunca fique marcada no vestido. E o principal: que ninguém fale comigo, me ligue ou me visite enquanto eu assisto a Community e Louie. Só isso. 

quarta-feira, 11 de julho de 2012

227.


Nem em meus mais loucos devaneios eu achei que o pós-operatório da cirurgia que fiz  iria ser tão difícil. Ficar sem fazer nada é legal quando você está 100% com seu corpo. Eu não conseguia nem levantar sozinha. Além da dor, do desconforto. Aí eu descobri que a programação de todos os canais da TV é uma porcaria mesmo. Frustrante. Mas vai passar, tá passando. A dor passa, o resultado permanece.  

segunda-feira, 9 de julho de 2012

226.


Quero curtir com você na madrugada
Dançar, pular
Que hoje vai rolar...

Panda e você.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

225.


A primeira vez que eu assisti esse filme... tragicômica, vamos dizer assim. Porque o filme é francês; eu, na minha ideia de 15 anos nem imaginava um cinema que não fosse americano. Porque na história tinha o conceito de manter o anonimato para manter o interesse; outra novidade. Dentre outras coisas que quem já assistiu sabe do que me refiro. Era muito nova e era muita informação. Mas aí a gente cresce e passa a entender um monte de coisas. E agora eu olho essa imagem e dou risada. 


224.




Nem toda mulher gosta de ser algemada. Só as normais. As outras ficam neuróticas porque confundem submissão com humilhação. Não sabem o que estão perdendo, as neuróticas.

- Nelson Rodrigues

quarta-feira, 4 de julho de 2012

223.



"Não há quem não feche os olhos ao cantar a música favorita. Não há quem não feche os olhos ao beijar, não há quem não feche os olhos ao abraçar. Fechamos os olhos para garantir a memória da memória. É ali que a vida entra e perdura, naquela escuridão mínima, no avesso das pálpebras. Concentramo-nos para segurar a dispersão, para segurar a barca ao calor do remo. O rosto é uma estrutura perfeita do silêncio. Os cílios se mexem como pedais da memória. Experimenta-se uma vez mais aquilo que não era possível. Viver é boiar, recordar é nadar."