terça-feira, 10 de dezembro de 2013

325.

Eu nunca tinha ouvido os duzentos gêneros de música eletrônica. Até namorar ele. 
Eu não sabia que era possível ser romântica sem cair na cafonice. Até namorar ele. 
Eu não entendia aquelas brigas homéricas dos casais que conhecia. Até namorar ele. (E perceber que brigas homéricas fazem parte)
Eu não sabia que um ombro poderia me acolher tão bem. Até namorar ele. 
Eu não sabia que ficar duas horas assistindo TV com alguém poderia ser mais interessante que sair pra balada. Até namorar ele. 

Eu nunca tive vontade de morar junto com alguém. Até namorar ele. 






sexta-feira, 19 de julho de 2013

324.


E me beija com calma e fundo, até minh’alma se sentir beijada. O meu amor tem um jeito manso que é só seu, que rouba os meus sentidos, viola os meus ouvidos com tantos segredos lindos e indecentes. Depois brinca comigo, ri do meu umbigo e me crava os dentes. Eu sou sua menina, viu? E ele é o meu rapaz. Meu corpo é testemunha do bem que ele me faz.

Chico Buarque. 

sexta-feira, 12 de abril de 2013

323. Da Felicidade Como Não-Constante


A felicidade é uma constante em sua vida? Na minha parca experiência, pude notar certas coisas que me fizeram mudar as principais pilastras de pensamento que nos cercam e atingir um pouquinho mais do que o senso comum. Foi o que acabei por chamar de “senso de falta”.
Supunha uma tristeza incontrolável. Talvez, seu ápice de adolescência. Imagine que nesse seu estado torpe de vida, em que tudo é ridicularizável e você deseja se sentir o mais especial dentro de um grupo, você realmente consegue ser o mais especial dentro de um grupo.
Ante a morfologia da palavra “especial”, temos “espécie”, e tudo aquilo que é específico. Se você desempenha uma função na vida de alguém que só você consegue desempenhar, você é especial para ele/ela. O “senso de falta” desta pessoa tilintaria caso ela te perdesse, faltaria um momento-chave na vida dela, que é a sua presença e suas ações.
Entretanto, não há meios de sempre ser especial. E estou falando muito mais num sentido emocional do que empresarial. Não conseguimos ser o ápice de todos os cantos apresentados na sociedade. Temos que nos contentar com aquilo que, por hora, temos e somos.
Creio que o único sentimento, então, que é uma constante em sua vida e que, em momentos de felicidade, se torna uma via secundária, é a “indiferença”. O homem é um ser que de um lado está triste e entediado e às vezes está triste e sofrendo realmente. Porém, o único sentimento que paira sobre esses é o da indiferença. Como poderia não sê-lo? Como poderias tu se importar com as coisas das quais não tem conhecimento?
A felicidade é algo que galgamos em momentos-chave que se tornam, às vezes, inesquecíveis. Não há como viver em uma felicidade plena, caso contrário, não seria mais felicidade, mas sim apenas a indiferença.
Em exemplo: só quem andou de ônibus/metrô/trem durante muitos anos sabe a felicidade que é ter um carro próprio e a liberdade de não se submeter a horários fixos. Quem nunca teve que suar num coletivo em pé e tem a mordomia de um carro próprio provavelmente não sente a “tristeza” da falta de tê-lo.
E quando a sociedade sofre certas crises financeiras que lhe fazem vender seu carro à preço de banana nanica, é aí que o peso vai pender e a pessoa não aguentará descer seu nível social.
Nos momentos-chave aqui suscitados, pode-se considerar logicamente, então, que o não-ter e o ter-em-excesso são opostos definidores da felicidade aos olhos do ser humano. Uma vez que você tem aquilo que nunca teve, sempre pensa que será muito zeloso e cuidadoso com o objeto ou pessoa em questão. Na prática, acontece um pouco diferente.
De quando comprei meu carro, realmente achava que o lavaria uma vez a cada duas semanas. Lavei apenas uma vez por mês, durante três meses. Não conseguia deixá-lo limpo, tampouco tinha paciência para lustrá-lo à cera e coisas mais. Demorou pouco até que eu quisesse trocar de carro e não muito mais até que eu ficasse irritado com as contas a pagar e com todas as finanças indiretamente associadas ao bem.
A felicidade em questão não se trata apenas do automóvel, mas sim de um momento em que você vive, perdulário ou não, num esquema temporal. Houve época de minha vida em que fiquei um ano inteiro feliz. Houve época que o sentimento era recorrente, porém, o dia-a-dia era maçante. Não adianta buscar a felicidade constante, pois somos eternos insatisfeitos por natureza.
Foi isso que nutriu esse senso de grandeza que o ser humano tem. Foi isso que desenvolveu toda a sociedade extremamente consumista. A gana de querer chegar mais longe, de querer obter mais. É claro, isso causa certos danos, à posteriori, dificilmente reparáveis, um efeito colateral do desenvolvimento desenfreado, que por sua vez é efeito colateral da motivação de ter (eterna insatisfação).
(...)
Então, se um dia você escutasse uma dica minha, a menos indiferente seria: tente sempre manter a felicidade recorrente, mas nunca constante.
Em pulos de alegria, em “ter prato entupido de comida que você mais gosta, ser carregado ou carregar gente nas costas”, de voltar a sentir o perfume da sua antiga casa ou revisitar aquele rio em que você naufragava enquanto jovem. Mas se isso ocorre todo dia, pode apostar que a mesma paisagem te faz enjoar e procurar sempre aquilo que você não tem ou não pode ter.
Trocando em miúdos: a dosagem é a métrica mais importante. De grão em grão a galinha enche o papo, nem sempre feliz, mas pelo menos não está enjoada da sua felicidade para com as pequenas coisas que ela realmente pode ter.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

322.

Tomanocu

terça-feira, 26 de março de 2013

321. Como sobreviver a uma mulher na TPM




Começa com uma paciência por nada. As cócegas se vão e em vez da risadinha gostosa, um empurrãozinho pedindo que você pare. Ou houve problemas no trabalho ou ela está chegando. Você inventa de cozinhar e ela diz que não está com fome. Pede para abaixar o som do carro, que está com dor de cabeça. Diz o mesmo quando você, todo se querendo, a beija no pescoço e fala como ela está cheirosa. Provavelmente você vai ouvir algo sobre o dia insuportável que demorou a passar e o quão cansada ela está. Pronto. Ela está presente.

Sábios eram os antigos, que decretavam, neste momento um "salve-se quem puder". Iriam caçar, pescar ou tomar uma com os amigos e voltaria quando ela já estivesse dormindo. Não entraria em casa antes da luz apagar e ela cansasse de esperar para tirar-lhe o couro. Mas os tempos são outros. As desculpas não colam. As responsabilidades são divididas. E se alguém canta de galo, não será você. O primeiro mandamento para lidar com uma mulher em TPM é compreender e assimilar essa sua subordinação. 

A meta é uma só. Sobreviver. Você e o relacionamento. Ao acordar, evite falar o desnecessário. Piadas são muito, mas muito indesejáveis. Bom dia seguido de sorriso é suficiente. No café da manhã, ofereça tudo antes de consumir. Se só resta uma fatia de queijo, não pegue, não se ofereça para dividir. Deixe com ela. O mesmo vale para o café. Eu sei o quanto você precisa de café, mas vá por mim, é melhor parar no caminho e comprar um copo ou simplesmente tomar no trabalho. Antes de sair, ela vai perguntar por alguma coisa que você esqueceu. Elas sempre guardam as perguntas para a hora que você está saindo e será justo o que você não lembra. Também questionará o horário que você vai voltar ou os planos para a janta. Nesse momento você apenas diz que está tudo resolvido, que liga até o final da manhã com os planos prontos e que tem que correr. Um beijo (não muito demorado) e um "Te amo", rápido, letal. Isso vai poupar-lhe algumas horas. 

No trabalho, se receber uma SMS ou uma mensagem por rede social, responda na hora. Não tem isso de estar numa reunião. Se não puder, diga "Numa reunião. Ligo já" e, em menos de 40 minutos, ligue! Nem que peça para ir ao banheiro e aproveite a oportunidade. Antes das duas da tarde, mande mensagem dizendo que está com saudades ou dizendo o horário que irá apanhá-la onde ela estiver. Puro. Simples. Confiante. Sem margens para que ela reclame de sua falta de iniciativa, compromisso ou atitude. Mas, ao final, conste: "Se preferir algo diferente, basta avisar". Pondo ordem na casa. 

Ao encontrá-la, diga que ela está linda. Ela vai fechar a cara. Dirá que está gorda. Responda, em no máximo 1,5 segundo, que não. Impressão. Que ela está ótima. Sugira um restaurante que ela não vai querer ir, mas que você gosta. Em seguida, depois do "pode ser" ou do "ah tá", emende com um "ou a gente poderia ir ao local X, onde tem aquele Petit Gateau que você gosta". E não se deixe convencer pelo "Não, tudo bem, vamos para esse outro mesmo". Truque, meu caro! Dos mais baixos. 

Na mesa, concentre-se em manter o olhar fixo e reto. Não desvie o olhar, especialmente se houver outras mulheres em volta. Em hipótese nenhuma pergunte como foi o dia dela ou mencione sua mãe. Chame o garçom apenas para olhá-la e perguntar "Quer alguma coisa?" e decida o prato a ser pedido, que você, necessariamente, já deve saber que ela goste. Nunca, em nenhuma hipótese, olhe o relógio ou fite o celular e o guarde no bolso. Jamais! 

Na volta para casa, dê-lhe algo. Chocolate, uma fotografia impressa, sorvete (só não erre o sabor). Qualquer coisa que não seja um boleto de cobrança. Pergunte (sempre) se a temperatura está agradável (mesmo que esteja insuportável para você). Enquanto ela estiver no banho, prepare um chá e deixe os remédios dela na cabeceira, aguardando-a. Procure fingir, rapidamente, que dorme. Se ela agasalhar-se em seus braços, deixe. Não se mova nunca, mesmo que ela já esteja dormindo (esse é outro jogo baixo). Se o braço ficar dormente, retire-o cuidadosamente, mas faça cafuné até que você durma. 

Repita a receita durante os dias seguintes. Não são muitos. Durante o período, mantenha-a sempre longe de objetos pontiagudos e, claro, armas de fogo. Se notá-la sorrindo pela manhã já é sinal que pode voltar à rotina comum. E, meu caro, se em algum momento dessa sequência você deixar escapar "Está estressada?", "Mas você já não tomou remédio?", "Estás diferente...", "Já, já, passa", "Fique calma" ou "Tenho uma coisa para te contar"... Bem, boa sorte!

- Ed Wanderley

*

Utilidade pública. Minhas tpm's não são intensas, mas essas dicas são válidas.

segunda-feira, 25 de março de 2013

320.




Relacionamento não é só prazer. Não é só festa, viagem, risada, diversão, brinde, sexo, beijo, cumplicidade. Relacionamento tem fase chata, de vez em quando tem briga, discussão, chatices, rotina, implicâncias, ciúme, bate boca. A gente tem que lidar, conviver e amar uma pessoa que veio de outra família, outro mundo, tem outra criação, outros costumes, outros pensamentos, outro jeito de viver. Você tem que aceitar aquela pessoa como ela é e isso dá muito trabalho. O amor é lindo sim, e ele é a maior recompensa para quem não tem medo de enfrentar os próprios medos e os medos do outros. É querer estar com a pessoa independente de qualquer coisa ou situação. Pelo simples fato de estar junto
Caio Fernando Abreu. 

segunda-feira, 18 de março de 2013

319.


(...) A prática de orar em silêncio, de aquietar a alma para meditar na Palavra e de escrever ressonâncias depois que alguém compartilha percepções  espirituais, me deixou boquiaberto. Eu acreditava em preces barulhentas. Achava que Deus gostava de decibéis exagerados. Aliás, preciso confessar, eu mesmo já insulflei auditórios com a clara intenção de produzir frenesi para “mostrar” categoricamente que Deus “operava em nosso meio”. (...) Passei a desejar uma espiritualidade de afetos. Abandonei o esforço de fazer de minhas orações uma técnica de colocar Deus em movimento. Destruí o altar que eu erguera para acionar o divino. Reaprendi que orar é inspirar ausências. Sem muitos barulhos, colocar a alma numa quietude parecida com a que o sumo sacerdote experimentava ao entrar no Santo dos Santos. Noto que os cultos, as missas, se tornaram agitados. Pergunto-me se o ritmo alucinante das músicas e das danças não seriam fugas. Na agitação, evita-se o confronto com a interioridade e, consequentemente, com Deus. Agora, só agora, começo a intuir o significado de orar no quarto fechado, em secreto. (...) Desejo vivenciar minha espiritualidade em atos devocionais. Pretendo transformar-me em um adorador que faz do “seguimento” de Jesus a melhor expressão de sua piedade. Liturgias centradas em emocionalismo desmerecem a tradição profética dos dois testamentos. O melhor culto é defender a justiça. Deus não gosta de ajuntamentos com liturgias autocentradas, que só buscam canalizar o seu favor. O verdadeiro culto disponibiliza pessoas para cuidar de órfãos e viúvas – esta é a verdadeira religião, segundo Tiago. Qualquer verticalização do louvor só tem sentido se promover a verticalização do serviço. Espiritualidade é reconhecer Deus no rosto do pobre, do nu, do faminto e do desterrado; tudo o mais é individualismo travestido de piedade. Anseio por reuniões que celebrem a graça, sem paranoias espirituais, sem alguém tentando infundir culpa para descansar no inescrutável amor de Deus. Quero participar de comunidades leves, sem as afetações próprias do glamour do mundo, onde os sorrisos sejam gratos e os abraços, sinceros. O caminhar de Jesus não combina com lugares espetaculosos. Viver os valores do seu reino prescinde de holofotes.
- Ricardo Gondim, revista Ultimato Ano XLIII, n° 323

318.

Eu quero matar minha irmã.
Pode, Arnaldo?

quinta-feira, 14 de março de 2013

317.


E o novo Papa foi escolhido. Um argentino, quem diria. Suponho que durante o restante da minha vida, não presenciarei uma situação ímpar como esta: de ver um Papa renunciar e ter um Papa sul-americano. Não sou católica, mas tenho um profundo respeito por quem   é devoto. Percebo que eles são muito mais disciplinados, respeitosos e obedientes com toda a eclésia do que muitos evangélicos, inclusive uns da minha igreja. Não concordo com os dogmas católicos, no entanto nada justifica uma situação de um pastor ficar chutando uma imagem da Nossa Senhora. Esse caso é antigo, mas muitos ainda hoje procedem desse jeito. Cadê respeito ao próximo, cadê os mandamentos de Jesus na vida dessa pessoa? Muitos evangélicos reclamam do papado, fazem apologia contra e blábláblá.  Entretanto, não enxergam que muitos pastores se comportam como verdadeiros papas, auto consagrando como únicos representantes de Deus na Terra. E avocando tudo quanto é cargo, poder e, principalmente, dinheiro. Se faz isso, tem condição de falar mal dos outros? Lógico que não. 

sexta-feira, 8 de março de 2013

316.


Dizem que a mulher é o sexo frágil
Mas que MENTIRA ABSURDA!

- Erasmo Carlos

terça-feira, 5 de março de 2013

315.


Teus gestos. Teu sorriso. Teu perfume. Teus conselhos. Teu abraço. Teu olhar. Teu beijo. Teu amor. Teu jeito de ser. Teu jeito de falar de “você é linda”. Teus sms. Teus olhos fixados nos meus. Teu orgulho. Teu respeito. Teus sonhos. Teus objetivos. Teu cabelo. Teus carinhos. Teus mimos. Teus dengos. Teus toques. Teu corpo colado no meu. Teus defeitos. Teu cheiro impregnado na minha roupa. Teu dom de me fazer sorrir. Teu sorriso aberto. Teu ciúme discreto. Teus problemas. Tua vida. Tua forma de cuidar de mim. Tuas manias. Tua voz. Tua risada. Tua admiração. Tuas cantadas “bregas”. Tuas palavras. Tuas mordidinhas. Tua coragem. Tuas qualidades. Tuas birras. Tua força. Tua fé. Tua moradia. Tua fonte de felicidade. Tua forma de encarar o mundo. Tua companhia. Tuas caras e bocas. Tua voz no meu ouvido. Nossa casa. Nossa vida. Nosso amor.

terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

314.


Ser como eu quero ser ou como esperam que eu seja? Ser como dizem que eu sou ou ser seja lá como for que o meu coração deseja? Ser gente grande sem deixar de ser menina ou ser menina enquanto fujo de ser mulher? O que pode ser no futuro tão incerto, obscuro e incompleto? Qual será a escolha correta quando não existe nada tão correto e tudo parece ser tão contraditório? Ser feliz, ser legal, ser forte, ser gentil, ser amiga, ser amante, ser humana, ser zen, ser chata, ser tudo, ser nada, ser ninguém, ser eu, ser alguém.


quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

313.



SAUDADE

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

312.



Ouvi certo dia: "Quem te merece, não te faz chorar!"
Pura balela. Primeiro, porque formular regras para o amor, já é começar errando.
E o amor, meu bem, é tentativa! 
Tentar, errar, recomeçar e amar sempre a cada sorriso ou lágrima derramada.
Quem nunca falou algo de que se arrependeu em um momento de raiva?
Quem nunca esqueceu uma data importante?
Ou demorou a ligar quando chegasse em casa? 
Quem nunca se estressou no trabalho e sem querer "descontou" em quem se ama?
Quem nunca fez cena de ciúmes e depois se arrependeu? Ou futricou o celular alheio sem permissão?
Que mulher um dia não se arrumou toda e esperou um elogio que não veio?
Quem nunca fez nada disso, não amou, não errou, não viveu!
Porque amar vai além de lágrimas derramadas, decepção ou sorrisos ganhos. Amor é se entregar, se permitir errar e perdoar dia-a-dia.
Por isso, menina, não ouça essas tolas regras sobre o amor! Construa as suas próprias e vá ser FELIZ!

- Agda  Y.

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

311.




Mia: — Você não odeia isso?
Vincent: — O quê?
Mia: — Silêncios desconfortáveis. Por que sentimos a necessidade de tagarelar besteiras para ficar confortável?
Vincent: — Não sei.
Mia: — É quando você sabe que encontrou alguém especial. Quando você pode simplesmente calar a boca por um minuto e dividir o silêncio confortavelmente.

(Cena do filme "Pulp Fiction")

domingo, 27 de janeiro de 2013

310.



─ As pessoas são muito malvadas.
─ Malvadas não. Imbecis, o que não é a mesma coisa. O mal pressupõe uma determinação moral, intenção e certa inteligência. O imbecil ou selvagem não para para pensar ou raciocinar. Age por instinto, como besta de estábulo, convencido de que está fazendo o bem, de que sempre tem razão e orgulhoso de sair fodendo tudo aquilo que lhe parece diferente dele próprio, seja em relação à cor, credo, idioma, nacionalidade ou pelos hábitos que tem no momento de ócio. O que faz falta no mundo é mais gente ruim de verdade e menos espertalhões limítrofes.

Carlos Ruiz Zafón in A Sombra do Vento .

domingo, 20 de janeiro de 2013

309.


Che Guevara e você


Piadinha infame.

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

308.

É isso não tem mais volta: agora eu adoro ir à academia. Vou todo dia. No entanto, continuo não gostando de malhar, puxar ferro, aqueles aparelhos... mas AMO os treinamentos cardio-respiratórios, os localizados, os intervalados e os de postura. Vou pra isso: fazer exercícios e descobrir músicas novas. É um novo estilo de vida. E eu estou gostando disso.

sábado, 12 de janeiro de 2013

307.



Meus pais estão 2700 km distantes. Foram passear, visitar uns amigos, e eu e minha irmã ficamos em casa. Ficarão fora 10 dias. Pensando bem, acho que nunca ficamos tão distante e por tanto tempo. Tenho estado apreensiva com essa situação. É estranho. Também desconfortável, por eu ter que assumir toda a responsabilidade da rotina: levar e buscar minha irmã, fazer comida, ir ao mercado, tirar o lixo, pagar contas e demais coisas nesse estilo. Estranho. Já tenho saudades.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

306.



Hoje já é quinta-feira
E há pouco tinha quase 20
Tantos planos eu fazia
E eu achava que em 10 anos
Viveria uma vida
E não me faltaria tanto pra ver
Tenho sonhos adolescentes
Mas as costas doem
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tenho discos de 87 e de 2009
Sou jovem pra ser velha
E velha pra ser jovem
Tempo falta
E me faz tanta falta
Preciso de um tempo maior
Que a vida que eu não tenho toda pela frente
E do tamanho do que a alma sente

- Sandy, em "Aquela dos 30"

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

305.

Pra uma pessoa que pinta as unhas a cada 15 dias, e que quando pinta ou é de vermelho ou é de uma cor translúcida, é difícil entender - e achar bonito - esse negócio de "nail art", que são aquelas frescuras e desenhos nas unhas. Frescuras. FRESCURAS. E aquela que parece que tem pó de serra colada na unha? Uó.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

304.



O amor não é prosa e nem poesia. Aquelas três palavras não me servem. São sonetos sem pele, versos que não ressoam, metáforas que não suam, frases que não cheiram. “Eu te amo” não diz nada, entende? Não escreva o que sentiria se acordasse comigo. Acorde comigo. Não imagine meu cheiro. Me cheire. Não fantasie meus gemidos. Me faça gemer. O amor só existe enquanto amar. Ação. Calor. Verbo. Presença. Milímetros. Hálito.
- Gabito Nunes

Não somos de ficar falando "eu te amo" como se fosse "bom dia". Quando as três palavrinhas são ditas, é porque o sentimento está enormemente grande e precisa ser dito. Como quando dissemos na roda-gigante aquele dia. Cena clichê, porque aparece em quase todo filme, mas foi um momento lindo e intenso. De quase não se aguentar de tanta felicidade. Nosso estilo, felizmente, é mais fazer e demonstrar do que falar