segunda-feira, 30 de junho de 2008

40. Retro I

Ser solitário é opção, mas solidão é coisa diferente. Ser sozinho é viver em seu exclusivo paraíso ou inferno interior. É ter o semblante impresso na vidraça da janela do mundo.
Ser solitário é isolar-se de si mesmo. É buscar o reflexo e descobrir o vazio, o opaco.
Sozinho é quem quer conviver consigo mesmo sem testemunhas.
Solidão é a frustração de não ouvir sequer a própria voz.
Eu, particularmente, não temo a solidão. Ela só chegará se eu deixar que a minha companhia se torne insuportável para mim mesma.
Afinal, o que me assusta não é ser só; o que me apavora é ter saudade.
Saudade tal qual a que o dia sente da noite.


3 comentários:

Anônimo disse...

É, ultimamente tenho convivido muito melhor comigo mesma do que com qualquer outra pessoa.
E quanto a ter saudades... bom, eu já gosto de sentir falta de certas coisas pq no final das contas faz até bem, mas dependendo é realmente crucificante.
Beijo

Anônimo disse...

não gosto do pavor. ele impede, amarra, limita. encare, mari :) a vida só vale a pena se for aproveitada em cada centímetro de possibilidades.

e que você não tenha milhões de pessoas ao seu lado. basta algumas, que sejam pra sempre ;*

Anônimo disse...

oi mari, eu gosto de ficar sozinha, de ouvir meus pensamentos. acho que sou uma boa companhia pra mim mesma. não sei se tenho medo de sentir saudades, já senti muito e hoje sei que a gente se acostuma com ela, assim como se acostuma a gostar de si mesmo e não precisar de outra pessoa pra ser feliz. bjs.