Certo dia ele me perguntou se eu já tinha amado alguém no passado. Respondi que sim, com aquele orgulho babaca de quem segura um troféu, de "olha como eu sou adulta". Percebi, ultimamente, que nada do que eu julgava sentir no passado chegou perto do que eu sinto hoje por ele. Passo por uma fase de desconstrução de mim mesma, por conta desse sentimento. Passei anos evitando esse tipo de transformação, pra ela acontecer quando eu menos esperava; e quando eu mais precisava, mesmo que eu tenha demorado a admitir isso. Agora eu me sinto mais adulta e mais mulher, e ele tem me ajudado nessa transição. Na verdade, nós temos nos ajudado muito, a reciprocidade é real, e é linda de se ver e viver. Eu me sinto orgulhosa, mas não seguro nenhum troféu. Porque ao mesmo tempo que as delícias são de adulto, as dores e os problemas também são. Carreira, dinheiro, futuro, festas de final de ano, família(s), pessoas que ficam gorando e desejando mal à gente, dentre outros pontos que pedem acertos à medida que a situação nos exige uma decisão. São muitos pontos, mas se nós vamos junto, nós vamos bem.
Dá até vergonha dizer que eu já amei antes. Eu amo hoje. Eu amo o hoje.
Dá até vergonha dizer que eu já amei antes. Eu amo hoje. Eu amo o hoje.
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