segunda-feira, 3 de setembro de 2012

252.

Semana passada ocorreu um crime aqui em Campo Grande, onde dois jovens foram mortos depois de ter o carro roubado, uma "Pajero", que seria levado para a Bolívia. Foi um crime que ganhou comoção popular e até fizeram uma passeata/protesto contra a violência. Mas não é esse o ponto. Resolvi escrever sobre isso depois que li no site de notícias "Campo Grande News", agora pouco, que a Pajero roubada seria trocada por três quilos de cocaína, na Bolívia. Agora pensa comigo: uma Pajero custa em média cem mil reais (eles não especificaram o modelo do carro, mas sabemos que carros da Mitsubishi não são baratos; então eu estou chutando baixo o valor de cem mil reais) e se eles iriam trocar o carro por três quilos de cocaína... só eu fiquei abismada com o valor da droga? Um quilo custar trinta mil reais? Porque agora eu só penso nisso, no valor da cocaína. Que é um lucro exorbitante pro traficante. Não pude deixar de lembrar da série "Breaking Bad", onde a história é essa: professor de química canceroso decide fabricar a droga "methylamine"  para ganhar dinheiro e não deixar a família desamparada quando morresse.  A essa altura do seriado, cinco anos depois do início, ele já está rico. Mas com essa riqueza vem um preço a pagar, como tudo na vida. Posso parecer insensível, mas é que assassinatos ocorrem todos os dias. Eu, infelizmente, já me acostumei com a violência, então não é qualquer crime que me choca de verdade (não que eu não esteja desconsiderando os sentimentos das famílias dos meninos, pelo contrário... perder alguém dessa maneira deve ser uma dor imensurável). E nesse caso eu fiquei mais chocada com o preço do quilo da cocaína do que com o assassinato dos dois jovens. Fazer o quê? (terapia, como insiste minha mãe).  


2 comentários:

Henrique disse...

Triste isso... E quem financia o tráfico e a violência envolvida? O usuário...

Mari disse...

Exato! Se o valor é alto, é porque a procura é grande. É pra indignar mesmo...