quinta-feira, 30 de junho de 2011

123.


              Eu sonho em me casar um dia (e quem não?). Mas minha maior preocupação não é achar uma pessoa para se casar comigo ou o vestido. Por incrível que pareça, o que mais me preocupa é achar uma música que eu goste para minha entrada na igreja/salão/whatever. Porque é claro como a luz do sol que eu não usarei a famosa Marcha Nupcial ("Lá vem a Noiva" ou Bridal Chorus, de Richard Wagner).
              Veja você: essa música faz parte da ópera "Lohengrin". Nesta, o "Bridal Chorus" é cantado para a heroína Elsa e seu novo marido Lohengrin por suas damas de honra após o casamento; e após essa canção, o marido assassina cinco convidados do casamento e abandona Elsa, que não aguenta o tranco e morre de tristeza. 
               Antes de saber dessas informações eu já achava a Marcha Nupcial uma coisa estranha, feia mesmo. Depois de saber, continuo achando feia e sinistra, mas agora com razão. Então, essa música está oficialmente descartada. Tenho tantas opções sabe... mas tudo depende do meu humor. Essa semana eu encarnei com a Free Bird, do Lynyrd Skynyrd (é sério, o nome dele tem 4 ipsilones), que é uma música que eu amo (rifs, letra, aquela introdução no piano, solo de guitarra de 5 minutos... porque a música, em sua gravação original tem 10 minutos.) e até tem um trechinho dela ali do lado, mas o problema dela é a letra mesmo, que não tem nada a ver. Mas o tópico letra é bem relativo. Tenho uma amiga que entrou com uma música linda da Jem, chamada "Maybe I'm Amazing"; tipo... talvez ela esteja agradecida, talvez. É muita dúvida até pra mim. E fui eu quem sugeri a música, olha a ironia... 
                Só pra você ver como varia muito meu humor. Eu já quis a Dawn, Dario Marianelli (tema do filme Orgulho e Preconceito) e também a Walking After You, do Foo Fighters. Não dá pra me entender, porque eu sou muito indecisa. E se eu fico perdida nessa escolha e nem estou na iminência de casar, imagina quando chegar a época de escolher? Vamos, então, deixar para sofrer quando chegar a época apropriada. Por enquanto a gente vai teorizando aqui, imaginando todas as músicas surreais...  inclusive essa abaixo, The Ecstasy of Gold, composta por Ennio Moricone, mas na versão da Orquestra Sinfônica de São Francisco, e que abre um concerto do Metallica. Eu gosto dela, porque tem essa pegada de filme de ação dos anos 80. Mas talvez não seja conveniente, assim como todas as outras músicas citadas neste texto, é fato.



segunda-feira, 27 de junho de 2011

122.

                Música que provavelmente serve de justificativa para se cometer os crimes passionais. Na voz de Sidney Magal (tinha que ser), apresento "Se Te Agarro Com Outro Te Mato":


Se te agarro com outro 
Te mato!
Te mando algumas flores 
E depois escapo... (2x)
Dizem que sou violento
Mas a rocha dura 
Se destrói com o vento
Dizem que é tempo perdido
Mas é só inveja 
Porque estás comigo...
Dizem que eu estou errado
Mas quem fala isto
É quem nunca amou
Posso até ser ciumento
Mas ninguém esquece 
Tudo o que passou...
Dizem que eu passei da idade
Mas em ti encontro
Minha mocidade
Dizem que sou muito antigo
Mas tudo o que eu quero
É ficar contigo
Fico até aborrecido
Quando telefonas
Para os teus amigos
Quando você não está por perto
Tudo em minha volta
Fica tão deserto...




Ciúme patológico que se quer passar por amor verdadeiro numa mistura de rimas pobres com pop-salsa-merengue-dançante bem estilo Sidney Magal. É, dá pra ouvir.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

121.

Question:

É possível morrer de saudade?
Hoje eu achei uma foto que estava perdida numa pasta. Eu nem procurava por isso nem nada, simplesmente achei-a perdida numa pasta. E olhei, quase chorei. Não o fiz porque não estou em casa, e como boa menina que sou e aprendi, não dou piti. Mas fiquei angustiada, e muito. Sobreveio aqueles velhos pensamentos do "quase" e do "e se?". Não me lamentei por muito tempo, não chorei, mas eu senti e sinto muita falta dele. No entanto é aquela conversa de sempre: você faz escolhas e arca com as consequencias dessa escolha, é 100% responsabilidade sua. Eu nem quero mais falar disso. Não quero. Só por último quero salientar a vergonha que tive de mim mesma por ter me desesperado ontem ao não achar um anel. Não foi um desespero qualquer, foi um choro copioso. Eu fui trabalhar de cara inchada,  e a toda hora meu olho enchia d'água ao tentar imaginar aonde teria deixado o anel. Não digo que não deveria ter me preocupado mas digo que foi uma reação desproporcional ao estímulo, e por isso senti vergonha. Depois que achei o tal anel, entendi que eu só queria um motivo forte para chorar e bancar a louca. E também já passou, eu acho.


quinta-feira, 16 de junho de 2011

120.





Ele podia. 
Ela queria. 
Ela podia também. 
Só não devia. 
Mas foi. 
E aí? 
E agora, José?